terça-feira, 11 de novembro de 2008

DEFENDER OU DESTRUIR A VIDA?

A Igreja (católica) do Brasil, assim como faz a cada ano, lançou a Campanha da Fraternidade, simultaneamente ao período quaresmal, tempo propício para refletir e repensar nossos gestos, pensamentos e atitudes quotidianos. Neste ano somos convidados a refletir e defender o que há de mais valioso e sagrado na existência: A VIDA. Porém, esse é um tema que está aberto a reflexões e ações em todo tempo.

Há quem diga que, nos dias de hoje, é desafiador “levantar a bandeira” em favor da vida. Mas existe realmente pessoas que são contra a vida?

No mais profundo do ser humano existe na verdade um grande desejo de defender e preservar a vida, a não ser em alguns casos anormais. Vemos, portanto, vários grupos e meios distintos defendendo a vida: Igrejas, movimentos, políticos, estudantes, professores, grupos de favelas, programas de rádio e televisão, sites na internet, uma unanimidade a favor da vida.

Se é assim, por que parece tão desafiador uma campanha em defesa da vida?

O maior problema, me parece, é que cada vez mais, a consciência humana já não consegue distinguir o que é bem e o que é mal. Toda pessoa sensata escolhe a vida, mas dizendo-se defensor da vida, às vezes se provoca muito mais morte. Por isso, para alguns analistas vivemos numa cultura de morte. Matar um feto ou uma criancinha que ainda não nasceu; matar um “velhinho” que já não serve mais, às vezes, só porque não tem mais a energia dos “novos” é visto como ato de amor.

Para defender a vida muitos são totalmente contra o uso e manipulação das células-tronco embrionárias, em defesa da mesma vida muitos são totalmente favoráveis. Semelhante a isso são as realidades do aborto, da eutanásia, do uso de preservativo, violências diversas, agressão ao meio ambiente. Há muita destruição da vida em nome da sua defesa. Vivemos em um momento crítico e decisivo em que a humanidade se vê diante da possibilidade real de auto destruição. O perigo é “em nome do progresso a humanidade se regredir a um estilo de vida de tempos que foram denominados de bárbaros”.

Cada pessoa, por conseguinte, sobretudo nós cristãos, neste momento da história, somos responsáveis e devemos agir em vista não de frear o progresso ou prender as pessoas à nossa forma de pensar, mas para evitar que o pior possa acontecer. O objetivo geral da Campanha da Fraternidade é muito claro: a Igreja e a sociedade devem defender e promover a vida humana, desde sua concepção até a sua morte natural, dom de Deus e co-responsabilidade de todos na busca da sua plenificação. Compromisso ético e de amor fraterno.

Finalmente, em todas as circunstâncias escolhe sempre o caminho da vida em Deus. E este se dar de forma mais plena dentro da Igreja. Sejamos Igreja de Cristo.

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