Depois que ouvi o depoimento de uma senhora comecei a pensar seriamente sobre os valores da “modernidade”. Ela, com 50 anos de casada, foi considerada muito atrasada, por algumas jovens que acharam um absurdo ter que aturar um mesmo homem por 50 anos.
Em outro caso, a mulher foi chamada de louca, ignorante, retardada... por muitas pessoas, inclusive médicos, por estar grávida do seu quarto filho em apenas seis anos de casada. (Sabe-se que há países onde ter mais de um filho é crime)
Casar? Para quê? Há! Os amigos merecem uma festa! Mas é melhor juntar os “panos” se não der certo é só separar! Ainda tem gente que se preserva virgem até o casamento, esse parece o maior dos absurdos.
Não quero aqui defender necessariamente a virgindade sexual e muito menos o casamento religioso, mas quero lembrar que são inúmeros os jovens, sobretudo do sexo feminino, que sofrem muito por ter se entregado de corpo e alma tão cedo. Corações dilacerados, traumas para o resto da vida, gravidez indesejada, corpos contaminados de químicos anticépticos, doenças terríveis, assassinato de criancinhas ainda na barriga, mães solteiras, crianças órfãs, são algumas das conseqüências do uso dos corpos pelo bem prazer e como objeto.
Lembro ainda do homem considerado por muitos como idiota, por ter devolvido um pacote de 100 mil reais que encontrou.
Como ficam as religiões neste contexto? Ainda há espaço para pregar e acreditar no valor da honestidade, da fidelidade no matrimônio, da relação sexual como algo Divino, do corpo como Sagrado e Templo de Deus, dos filhos como sinal de bênçãos, da pobreza como virtude...?
Às vezes, me sinto um “peixe fora d`água” por acreditar buscar e viver sonhos e ideais que parecem contrários aos pensamentos e sistema vigentes.
Mesmo assim, Prefiro ser considerado retrógado em vez de moderno, prefiro ser considerado radical ou mesmo louco, prefiro ser contra esta sociedade cruel e desumana que a cada dia parece consolidar-se.
Acredito estar no caminho certo, apesar de parecer contrário, espero ser iluminado pelo Espírito Santo e encontrar as respostas em Deus e na sua Palavra. Rezemos para que Deus e seu Ensinamento sejam o verdadeiro critério e guia da humanidade.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
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2 comentários:
Parabéns, Pe. Peixinho. Vá em frente. Mantenha seu blog atualizado e verá que os visitantes vão aparecendo e divulgando. Vamos acreditar neste meio de evangelização e de cultura.
Sugiro escrever artigos sobre liturgia, inclusive para publicar no blog da Diocese. Servirá para padres, seminaristas, lideranças e para as equipes de liturgia das paróquias.
Olá Padre!
Te felicito pelo texto, muito interessante. Penso como o senhor e acredito que estamos vivendo uma crise de valores, costumo dizer que caminhamos para o extremo do individualismo, onde não se pensa mais no outro. Essa banalização do ser humano é que tem causado tantas moléstias sociais, como o padre comenta muito bem no texto. Isso muitas vezes, está estreitamente ligado a busca exacerbada da realização pessoal, ou do prazer pra ser mais claro, e o que se percebe é que como essa busca é ilusória nunca serão saciados, e o mercado dos lucros tem fomentado essa procura cada vez. Acredito ainda, que vivemos numa geração narcisista, com discursos como “ eu quero tudo pra mim”, “ eu mereço tudo”, “eu quero é ser feliz”, mas não se pensa no próximo e nem em como esta felicidade será encontrada. Para mim não existe felicidade sem Deus e isso justifica tudo.
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